Editora: Globo
Páginas: 128
Estrelas: ✬✬✬✬
Skoob
Publicado em 1990.
Tendo em mente a precisão da sinopse deste livro, vou tentar me ater mais as minhas impressões sobre o livro do que a sinopse do mesmo.
Até porque basicamente o livro é o diário de uma menina que é explorada sexualmente, vendida pelos pais e por sua própria vontade, e gosta disso.
O choque ao ler este livro é inevitável, assim como perpassar por alguns sentimentos como repulsa, aversão e desconfiança. Desde as primeiras páginas, o leitor é surpreendido pela boa-vontade da menina em agraciar amigos dos pais com favores sexuais, sem nos poupar dos detalhes sórdidos dessas relações.
Já aviso que não vai ser o tipo de livro que agrada a todos os leitores. Tem de se manter a mente aberta e apreciar a tentativa da autora em mostrar algo de diferente. Eu vi uma entrevista com a Hilda no YouTube em que ela falava, basicamente, que revolveu escrever este tipo de literatura para chocar mesmo. Disse que cansou de escrever "literatura cult" e não poder pagar as contas, por isso, chutou o balde e escreveu Lori Lamby. Não sei até que ponto acreditei na autora, também, é outro ponto a se discutir. Enfim, fica para os fãs da autora ou cada leitor decidir por si só.
Achei o livro muito, mas muito mais chocante que Lolita e de leitura mais prazerosa - se é que se pode usar essa palavra em referência a um livro que aborda pedofilia. Li em uma sentada, pro choque tomar forma de vez mesmo.
Sobre a polêmica de "quem é o narrador", que parece cercar o livro. Não sei se poderia acrescentar. Da mesma forma que até hoje não sei se a Capitu traiu o Bentinho ou não, não sei dizer se o narrador é a Lori ou o pai dela (chuto na Lori mesmo).
Enfim, é o tipo de livro que só deve ser lido se você realmente se interessou pelo fator choque da sinopse. Senão, pode ser que você deteste o livro.
Páginas: 128
Estrelas: ✬✬✬✬
Skoob
Publicado em 1990.
O livro, em grande parte escrito na forma de diário, apresenta uma menina de oito anos que vende seu corpo incentivada por seus pais proxenetas. A obra é, sim, obscena e põe em cheque a moralidade dos leitores, pois é quase impossível realizar uma leitura frígida dos relatos de Lori Lamby. Mas, apesar do impacto inicial causado pelo tema da pedofilia, o livro vai muito além. A própria literatura é alvo de obscenidades: gêneros intercalados, cartas, relatos, citações pervertidas de grandes autores como D. H. Lawrence, Henry Miller ou Georges Bataille e um Caderno negro dentro do Caderno rosa de Lori. Aquilo que, a princípio, aparece no texto como possíveis e singelos erros de escrita de uma criança recém-alfabetizada aponta para um estudo lexicológico, para uma etimologia das sensações fazendo soluçar a gramática."O Caderno Rosa de Lori Lamby" ainda guarda um segredo sobre o verdadeiro narrador da história. Apesar da obviedade do título sugerir que a pequena Lori Lamby é a narradora-personagem de seu caderno, é possível levantar dúvidas a esse respeito já que seu pai - gênio incompreendido - resolve escrever "bandalheiras" seguindo o conselho de seu editor.Neste ponto reside o aroma de crítica ao mercado editorial e a sua avidez por best-sellers e temas consagrados como a pornografia.
Tendo em mente a precisão da sinopse deste livro, vou tentar me ater mais as minhas impressões sobre o livro do que a sinopse do mesmo.
Até porque basicamente o livro é o diário de uma menina que é explorada sexualmente, vendida pelos pais e por sua própria vontade, e gosta disso.
O choque ao ler este livro é inevitável, assim como perpassar por alguns sentimentos como repulsa, aversão e desconfiança. Desde as primeiras páginas, o leitor é surpreendido pela boa-vontade da menina em agraciar amigos dos pais com favores sexuais, sem nos poupar dos detalhes sórdidos dessas relações.
Já aviso que não vai ser o tipo de livro que agrada a todos os leitores. Tem de se manter a mente aberta e apreciar a tentativa da autora em mostrar algo de diferente. Eu vi uma entrevista com a Hilda no YouTube em que ela falava, basicamente, que revolveu escrever este tipo de literatura para chocar mesmo. Disse que cansou de escrever "literatura cult" e não poder pagar as contas, por isso, chutou o balde e escreveu Lori Lamby. Não sei até que ponto acreditei na autora, também, é outro ponto a se discutir. Enfim, fica para os fãs da autora ou cada leitor decidir por si só.
Achei o livro muito, mas muito mais chocante que Lolita e de leitura mais prazerosa - se é que se pode usar essa palavra em referência a um livro que aborda pedofilia. Li em uma sentada, pro choque tomar forma de vez mesmo.
Sobre a polêmica de "quem é o narrador", que parece cercar o livro. Não sei se poderia acrescentar. Da mesma forma que até hoje não sei se a Capitu traiu o Bentinho ou não, não sei dizer se o narrador é a Lori ou o pai dela (chuto na Lori mesmo).
Enfim, é o tipo de livro que só deve ser lido se você realmente se interessou pelo fator choque da sinopse. Senão, pode ser que você deteste o livro.
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Olá!
ResponderExcluirEu leria esse livro tranquilamente. Gosto desse tipo de história incomum, em que a protagonista nos surpreende...
resenhaeoutrascoisas.blogspot.com