Editora: Descaminhos
Páginas: 105
Estrelas: ✬✬✬✬
Skoob
Publicado originalmente em 2013.
Páginas: 105
Estrelas: ✬✬✬✬
Skoob
Publicado originalmente em 2013.
Paula Febbe nasceu em 1983 em São Paulo e parece um doce de pessoa. Talvez até seja, mas não é isso que está em pauta aqui. O que vem ao caso é que você nunca pensaria que ela escreve o que escreve: Literatura niilista de horror. Seguidora de Edgar Allan Poe e sarcástica por esporte, a autora escreve desde que começou a reconhecer palavras como palavras. Em 2011, lançou dois livros: Relato Inspirado por Orelhas e O Fabuloso Mundo do Rock, além de publicar diversos contos pela Mojo Books. Em 2012, foi a vez de lançar as versões e-books de Não e a peça Sarau Inconsciente de um Alter Ego Esquizofrênico. Na longa e curiosa estrada da vida, já trabalhou como garçonete de velório até ser assessora de imprensa de umas das turnês de B.B. King na América Latina. Após escrever para sites, revistas, jornais e lançar esses tantos livros, Paula Febbe, agora estudante de psicanálise, cria um novo conceito dentro da literatura bizarra e de horror, juntando o pesar humano de apenas "ser" a tudo isso.
Encontrei esse livro numa promoção da Amazon e o que me interessou foi esse resuminho transcrito acima. Não tenho muita familiaridade com literatura de horror, entretanto tenho interesse. Achei que teria um tom dark e não errei. É uma história confusa. Será possível ter repulsa e gostar do mesmo livro?
A história começa com um homem em uma sala de emergência do hospital, com algumas outras pessoas em volta, mas o foco é nele e nos pensamentos que ele tem enquanto lá. Se desenvolve de uma maneira um pouco confusa, em algumas partes fica difícil entender o que o personagem está pensando, porém, acho que essa é a intenção, pois estamos dentro da cabeça do personagem. Por que ele vai nos explicar quem é tal pessoa? Ou por que teve tal pensamento? Aos poucos nós vamos pegando quem é quem.
Trata sobre temas como violência, sexo e pedofilia. E não posso mais contar nada sobre a história. Nem o nome do personagem sabemos por boa parte do tempo, ele se revela no final junto com um aumento da velocidade na narrativa. É como se o coração batesse junto com cada frase até o clímax.
Ele não é escrito em prosa. Não sei se dá para chamar de verso, talvez verso livre? Eu realmente não sei dizer, só achei que vale a menção, entretanto isso não faz a leitura ficar difícil. O conteúdo do livro me fez ficar encucada, com ojeriza em certos momentos, mas ao mesmo tempo fascinou. É grotesco ao mesmo tempo em que satisfaz uma certa curiosidade mórbida. É certo que pegarei algum outro livro da Paula Febbe para ler!
"Acho que o óbito de próximos ajuda a desencadear uma série de percepções próprias. É lógico. Se seu espelho quebrou, onde você vai se olhar?"
A história começa com um homem em uma sala de emergência do hospital, com algumas outras pessoas em volta, mas o foco é nele e nos pensamentos que ele tem enquanto lá. Se desenvolve de uma maneira um pouco confusa, em algumas partes fica difícil entender o que o personagem está pensando, porém, acho que essa é a intenção, pois estamos dentro da cabeça do personagem. Por que ele vai nos explicar quem é tal pessoa? Ou por que teve tal pensamento? Aos poucos nós vamos pegando quem é quem.
Trata sobre temas como violência, sexo e pedofilia. E não posso mais contar nada sobre a história. Nem o nome do personagem sabemos por boa parte do tempo, ele se revela no final junto com um aumento da velocidade na narrativa. É como se o coração batesse junto com cada frase até o clímax.
Ele não é escrito em prosa. Não sei se dá para chamar de verso, talvez verso livre? Eu realmente não sei dizer, só achei que vale a menção, entretanto isso não faz a leitura ficar difícil. O conteúdo do livro me fez ficar encucada, com ojeriza em certos momentos, mas ao mesmo tempo fascinou. É grotesco ao mesmo tempo em que satisfaz uma certa curiosidade mórbida. É certo que pegarei algum outro livro da Paula Febbe para ler!
"Acho que o óbito de próximos ajuda a desencadear uma série de percepções próprias. É lógico. Se seu espelho quebrou, onde você vai se olhar?"
Você já se deparou com algum livro que te deixou dividido? Deixe sua opinião nos comentários!
Putz vou ter que ler! Horror é um dos meus gêneros preferidos, e pelo que você falou já posso me imaginar na leitura.
ResponderExcluirE esse trecho? Eu tenho muitas mortes na família, desde pequena quando perdi meu pai tive esse contato com o falecimento de pessoas muito próximas, e essa frase é pura verdade.
Quero muito ler!
http://pausaparaumcafe.com.br/
Oi, Anna!
ExcluirQue bom que você curtiu! Esse trechinho também me fez viajar longe, achei tão cru e verdadeiro.
Bjs!
Histórias de terror não são as minhas favoritas pelo mesmo motivo que os filmes de terror: me deixam uma sensação estranha. Achei a história um pouco confusa, mas pelo jeito que vocçê falou acho que é assim mesmo, né? kkkkk
ResponderExcluirInteressante você trazer autoras brasileiras. Não tenho muito contato com essas literaturas, e é bom saber que esse pessoal ta por aí. O título é curioso, diz muito e não fala nada. Acho que isso pode ser um atrativo, ahahah
Beijos,
Mari
caixadamari.com
Oi, Mari!
ExcluirSabe... eu também morro de medo! Principalmente em livros/filmes de terror psicológico, que eu acho que esse se encaixa! Mas adoro a sensação de medo crescendo na barriga haha
A história é confusa mesmo e mais, não tem como falar sobre ela sem entregar o livro. É um livro bastante curto, então optei por falar quase nada dela mesmo haha
Eu tenho poucas, mas ótimas experiências com autores nacionais. Tem muita coisa boa aqui por terrae brasilis!
Beijos!
Muitos livros em primeira pessoa acaba nos dando detalhes sobre o ambiente, mas na verdade não deveria estar dando, não é mesmo? Quando é um fluxo de pensamentos, a pessoa não conversa consigo mesma hahaha Interessante esse ponto confuso do livro, parece ser algo trabalhado pela autora de forma proposital.
ResponderExcluirEu gosto de livros que me deixam divididos, mas na maioria das vezes eu fico com receio de falar dele, porque minha opinião não se formou direito, sabe? Aconteceu isso comigo e Admirável Mundo Novo...
Beijos
Mell Ferraz - Literature-se
Sim! Acho genial quando autores conseguem nos dar uma noção do que é a confusão dos pensamentos de um personagem. A nossa mente não opera logicamente, né?
ExcluirEu não li Admirável Mundo Novo, mas pelo que sei da história é um excelente livro. Quanto a divisão... bom, é complicado mesmo dar opinião se nem você mesmo sabe o que pensar. Mas talvez essa dualidade seja a opinião em si. Mostra, talvez, que no meio do preto e branco tem cinza! E eu, pessoalmente, acho o cinza fascinante! haha
Beijos!
Atraente essa premissa! Alguns livros que li e amei tem essa dose de nonsense, mas sem o horror. Fiquei curioso. Pela descrição a narrativa tem boas surpresas, que vão se apresentando a medida que tomamos conhecimento dos fatos e personagens. E que título! Não pude evitar de lembrar daquelas plaquinhas nos banheiros de shopping rS'
ResponderExcluirBjooos
Adorei sua descrição, é nonsense mesmo! haha
ExcluirBjs
Olá, Rafa! Trabalho com a Paula Febbe. Adoramos a resenha e ficamos muito felizes com o interesse que a história despertou. O Mãos Secas com Apenas Duas Folhas já está disponível na loja online da autora, loja.paulafebbe.com, agora em papel, bem como seu primeiro título, Relato Inspirado por Orelhas! Se vocês quiserem mais informações sobra a Paula, tem também a fanpage, https://www.facebook.com/PaulaFebbeOficial
ResponderExcluirUm Abraço,
Filippe Dias
Eu que fiquei louca de faceira com seu comentário e e-mail! Obrigada! Beijão
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