Pular para o conteúdo principal

Filme | Malévola

Olá, tudo certo por ai?

                Assisti a uma releitura de um conto de fadas e...

Título Original: Maleficient
Lançamento: 29 de maio de 2014
Com: Angelina Jolie,  Elle Fanning, Sam Riley, Sharlito Copley e mais
Dirigido por: Robert Stromberg
Duração: 97 minutos
Gênero: Fantasia
Sinopse: Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a historia de Malévola, a protetora do reino de Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantem a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan. Os dois iniciam um romance, mas Stefan tem a ambição de se tornar líder do reino vizinho, e abandona Malévola para conquistar seus planos. A garota torna-se uma mulher vingativa e amarga, que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora. Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora.

                ... Não foi tudo aquilo, mas explico o por que.

                Fui apresentado a Malévola por uma amiga, que rasgava elogios ao filme, talvez por isso minha expectativa tenha ido às alturas. Sempre tive problemas em assistir filmes com minha expectativa elevada, no final eu sempre quebro a cara. E isso tem sido um pouco frequente ultimamente.
                Nunca fui ligado a conto de fadas, histórias de príncipes encantados e essa coisa toda. Mas me agradam essas releituras dadas a essas histórias. A ideia de mostrar para uma geração mais nova e de modo diferente essas fantasias é algo bastante arriscado, e nesse ponto eu elogio a Disney, por arriscar a contar de novo algo novo.
                O filme começa sensacional, mostrando que computação gráfica vai ser o ponto alto da trama. Aparece todo aquele mundo mágico de Moors, com sua natureza exuberante e seres exóticos. Também aparece Malévola, ainda uma guriazinha, protetora da floresta encantada, a fada mais poderosa e tudo mais.
                A mudança da Malévola a fada boazinha que cuida do reino de Moors, para a Malévola fada má, ocorre quando ela conhece Stefan, um menino que ganha a sua confiança, faz juras de amor e no final a engana para passar de reles plebeu a rei.
                Malévola, não é, por tanto mais uma fada-madrinha ressentida por não ser convidada a festinha, mas sim uma mulher traída e amigos, não se brinca com uma mulher traída. A maldição lançada a Aurora é muito mais uma vingança contra aquele que roubou sua inocência.
                Porém, achei essa transição de boa para má muito brusca. Ocorre um punhado de cenas que muda radicalmente o figurino, mas em momento algum a gente consegue captar o estado emocional da personagem. E pra mim, conseguir sentir a emoção que o personagem está sentindo é muito importante pra eu gostar ou não, claro que isso não tem 100% a ver com a capacidade do ator, mas também dos roteiristas e do diretor.
                As fadas pesquisando os nomes Fauna, Flora e Primavera foram renomeadas para pesquisando de novo Thistletwit, Knotgrass e Flittle e perderam todo seu encanto, tanto em suas versões pequenas de fadas ou nos seus disfarces humanos que usam para criar Aurora longe do castelo. São três personagens que se não servissem de ponte para a ligação “maternal” entre Aurora e Malévola, se não estivessem no filme, ninguém sentiria falta.
                Aurora também peca no seu desenvolvimento, apesar do baita talento da Elle Fanning. Quando chega a sua adolescência,  a princesa nada mais é do que uma guria excessivamente ingênua e que não esboça reação nenhuma ao descobrir que seu pai é o verdadeiro vilão.
                Dielvan, o corvo/homem/várias coisas, ajudante de Malévola, esse sim merecia um pouco mais de espaço em cena. Suas aparições e interações com Malévola sempre foram rápidas, mas trouxeram um alivio cômico pontual.
                O filme me deixou bastante entediado durante seus 97 minutos, eu quase desisti de assistir, mas como a minha expectativa estava orbitando a termosfera, fiquei até o final, esperando alguma reviravolta ou algo do tipo. Mas não, continuou tudo no mesmo ritmo, chato, previsível e entediante.
                Acho que Malévola quis contar de um modo diferente uma história nova, porém percorreu os 97 minutos de filme e esqueceu que queria contar algo novo.

Minha nota:
✬ 3 Estrelas

Bah: Não é porque eu não gostei que o filme seja ruim. 3 estrelas é um filme bom/razoável. Dá pra assistir com a família, namorado (a), etc e tal.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha | Primeiro ano - Scott Turow

Editora : Record Páginas : 220 Estrelas : ✬✬✬✬ Skoob Publicado em 1977. Ao narrar as angústias, as dificuldades, os desafios e os triunfos que marcaram seu primeiro ano na Faculdade de Direito de Harvard, Scott Turow denuncia problemas surpreendentes no sistema de educação jurídica de uma das mais antigas e conceituadas instituições de ensino dos Estados Unidos. Um relato dramático e um importante depoimento do autor.

Resenha | A Arte de ter Razão - Arthur Schopenhauer

Editora : Faro Editorial Páginas : 128 Estrelas : ✬✬✬ Skoob Publicado em 1831. A forma como nos comportamos socialmente não mudou muito desde Aristóteles. Partindo dos escritos do pensador grego, Schopenhauer desenvolve em sua Dialética Erística, 38 estratégias sobre a arte de vencer um oponente num debate não importando os meios. E, para isso, mostra os ardis da maior ferramenta que todos possuímos, a palavra. Usar argumentos e estratégias certas numa conversa é uma arma poderosa em qualquer momento. E tanto vale para quem quer reforçar um talento, evitar ciladas dialéticas, ou simplesmente estar bem preparado para negociações ou qualquer outra ocasião que exija argumentação... o que acontece em todos os momentos da vida. Essas estratégias não foram inventadas por Schopenhauer. Seu trabalho foi identifica-las, reuni-las de modo coerente, mostrando como são utilizadas, em quais momentos elas surgem em meio a uma discussão, de modo que você possa utilizar-se deste livro

Vi na Livraria | A Taberna - Émile Zola

Um livro depravado do século XIX.