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Resenha | A Mulher Enjaulada - Jussi Adler-Olsen

Departamento Q #1
Editora: Record
Páginas: 392
Estrelas: ✬✬✬
Skoob
Publicado originalmente em 2007 com o título de Kvinden i buret


No auge da carreira política, a bela e reservada Merete Lynggaard desaparece. As investigações que se seguem não rendem muitas informações à polícia, levando ao arquivamento do caso. Passados alguns anos, o detetive Carl Mørck, responsável pelo recém-criado Departamento Q — uma seção para casos importantes não solucionados — é encarregado de descobrir o que, afinal, aconteceu a ela. Então, com seu assistente, Assad, ele inicia uma busca pelos rastros desse mistério e, para isso, Carl precisa vasculhar o passado de Merete, guardado a sete chaves, para descobrir a verdade.



Eu fiquei atraída por esse livro logo que ele lançou no Brasil. Sou dessas que adoram romances policiais de autores de fora do eixo "normal" desse tipo de literatura, ou seja, americana e britânica. A capa é linda e a sinopse me pegou de cara.

O livro é contado pela perspectiva do policial protagonista dessa série, Carl Morck. Ele sofreu um trauma junto com seus colegas há algum tempo e agora está voltando para o trabalho. Ninguém quer trabalhar com ele, então o designam para um novo departamento, o Q, que investiga casos mortos. Como todo bom romance policial, um pouco da sua vida pessoal transparece ao longo do livro.

Ele tem um assistente, o Assad que tem um papel como de Watson para o Sherlock, ou Robin para o Batman. É engraçado e artificioso, tem um potencial incrível para crescer. Adorei ele!

Também é contado da perspectiva de Merete, a vítima. Acompanhamos o que está acontecendo com ela enquanto o Carl investiga. Nós sabemos onde ela está, logicamente, que está viva. Ficamos sabendo da tortura que ela está recebendo por esses 5 anos de sequestro (ela foi sequestrada em 2002 e a história se passa em 2007). Também, o passado aos poucos vai sendo reconstruído no livro.

Eu estava com altas expectativas sobre ele e fiquei um pouco decepcionada. Consegui descobrir o culpado e o final teve ares de sessão da tarde. Mas foi só o final que decepcionou, gostei do desenvolvimento. Devo dizer também que os diálogos me soaram um pouco piegas.

Várias pistas são largadas ao longo do livro, tem vários personagens que tem toda pinta de culpados e foi divertido chegar a conclusão. A série tem potencial para ser ótima, se melhorados alguns aspectos.

Eu acho que o mais legal de ler livros de autores de nacionalidades diferentes, fora do usual é que os cenários são diferentes, assim como os nomes e os costumes. Como quando li o Boneco de Neve do Jo Nesbo, adorei o cenário branco e frio. Também serve para nos mostrar que os conflitos humanos são os mesmos ao redor do globo.

Você costuma ler livros de autores de nacionalidades diferentes? Deixe nos comentários!
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