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Resenha | Nós, os Deuses - Bernard Werber

O Ciclo dos Deuses #1
Editora: Bertrand
Páginas: 434
Estrelas: ✬✬✬✬✬
Skoob
Publicado originalmente em 2004 com o título de Nous, les Dieux


Em algum lugar muito, muito distante, no planalto de uma ilha conhecida pelo nome de Aeden, localiza-se a cidade de Olímpia. Ali funciona a Escola dos Deuses, uma inusitada instituição sob o comando dos doze deuses da mitologia grega, responsáveis por ensinar aos seus aprendizes uma arte que requer talento, criatividade, inteligência, sutileza e intuição: a arte de ser deus.
Após evoluírem em suas vidas como mortais e desempenharem satisfatoriamente a função de anjo da guarda, os 144 alunos-deuses receberam a missão de gerenciar multidões humanas. Para isso, cada um deles é encarregado de cuidar de uma população, ajudá-la a desenvolver instintos de sobrevivência, criar cidades, guerrear, inventar religiões.Entre os escolhidos para essa nova turma de estudantes divinos estão figuras anônimas, como o protagonista Michael Pinson e seus amigos Edmond Wells e Raul Razorback, e personalidades ilustres, como Marilyn Monroe, Édith Piaf, Gustave Eiffel, Joseph Proudhon, Sarah Bernhardt, e muitos outros.Mas eles logo descobrem que não à toa a profissão de deus é considerada a mais difícil das atividades. Todos precisam lidar com a influência de seus mestres – entre eles Afrodite, a deusa do Amor, que desperta em Michael uma paixão arrebatadora – e com a presença de um deicida desconhecido, que resolve eliminar um a um os próprios colegas.Além disso, os segredos da Ilha de Aeden despertam muita curiosidade, e os alunos-deuses estão dispostos a arriscar o que for preciso para descobrir, principalmente, o que é a brilhante luz no alto da montanha e que parece vigiá-los. O que será que aquilo significa? Certamente nem todos sobreviverão para desvendar esse mistério.



Michael Pinson já foi humano, já foi anjo e agora está sendo sugado para uma nova realidade. O livro começa com essa transição de anjo e aluno-deus de Michael. Ele é puxado para um mundo novo, encontra Julio Verne, assiste sua morte e adentra Olímpia, sede da escola dos deuses para aprender a ser deus.

Dentre seres estranhos como centauros e moças borboletas, Michael começa a aprender a ser deus. Com cada deus olimpiano, ele vai aprendendo como destruir um mundo, como criar um mundo, como mexer em suas moléculas, fazer vegetais, fazer animais e finalmente, construir civilizações.

Sério, se você não se interessou até agora, não tem mais nada que eu diga que vai te interessar, mas se você está interessado, deixa eu contar mais um pouco sobre o livro. Ele mistura mitologia clássica, com toques de cultura pop (vide Marilyn Monroe), passa por personalidades do Renascimento e vários anônimos. E além da fantasia super legal de se aprender a ser deus, acontecem assassinatos entre uma aula e outra.

São várias vertentes de história que se apresentam nesse livro. Eu quis engoli-lo para saber tudo o que estava por acontecer. O livro intercala textos curtos da história com textos de uma enciclopédia, que nos auxilia no entendimento da história. Cada trecho da enciclopédia ajuda a entender o que está acontecendo na história, seja contando brevemente uma história da mitologia, ou até da teoria darwiniana ou civilizações antigas.

De dia, Michael e seus amigos tanatonautas frequentam as aulas ministradas por Cronos, Hefesto, Afrodite, dentre outros. E pela noite, eles buscam descobrir o que é a luz que pisca no alto da montanha, Julio Verne quando de sua morte, preveniu Michael para ele nunca ir até lá. Aliás, tanatonáutica, é uma ciência criada por Michael e seu amigo da enciclopédia, Wells, como uma maneira de viajar para fora do corpo no mundo dos mortos.

O livro, por ser de fantasia, traz bastante descrições de como tudo funciona nesse novo mundo e explicações de como eles foram parar ali, além de todas as disciplinas para ser deus. Porém, não achei cansativo, nem monótono em nenhuma parte, adorei conhecer esse mundo. Também, se você for um leitor atento, conseguirá ver algumas críticas sociais embutidas dentro da história, como todo bom livro deve ter, na minha opinião.

O final dele foi desesperador. Cliff hanger total. E a vontade é pular direto para o segundo volume da trilogia, O Sopro dos Deuses. Adorei a leitura, tive minhas expectativas alcançadas com louvor e recomendo para todos que gostam de livros com esse aspecto de fantasia.

E você? Já leu? Deixe sua opinião nos comentários!

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