Editora: Abril
Páginas: 396
Estrelas: ✬✬✬✬✬
Publicado originalmente em 1938 com o título de Rebecca
Publicado em 1938, Rebecca é talvez o romance por que Daphne du Maurier é hoje mais lembrada. Ao lê-lo entramos numa atmosfera onírica, sombria, alimentada por segredos que os códigos sociais obrigam a permanecer ocultos e que se concentram na misteriosa mansão Manderley. É para esta mansão que a narradora, uma jovem humilde, vai viver com o viúvo Maxim de Winter, ao aceitar o seu pedido de casamento. Mas então descobre que a memória da falecida esposa, Rebecca, se encontra ainda viva e que esta era tudo o que ela nunca será. À medida que o enredo se desenvolve, ela terá de redefinir a sua identidade num cenário em que os sonhos ameaçam tornar-se pesadelos…
Esse livro está tanto no Projeto 1001, como na lista de 20 livros impactantes escritos por mulheres.
Eu não sei exatamente como descrevê-lo, ele lembra em estilo de Jane Eyre e O Morro dos Ventos Uivantes, mas vai um pouco além.
Começo pelo título do livro. Rebecca não é uma personagem do livro, mas é a protagonista da história que é contada. Já de início, sabemos que Rebecca está morta e a personagem-narradora ocupa seu lugar, como nova Mrs. de Winter.
Ele é contado do futuro, depois de tudo acontecer e relembrando como foram os acontecimentos da época. Desde quando a nova Mrs. de Winter não tinha esse título e era uma simples acompanhante de uma senhora.
Numa viagem, ela conhece e se apaixona pelo Sr. de Winter e ambos se casam, indo morar em Manderley. Mas não se trata de um romance. Tem um suspense que percorre pela história do casal, a sombra de Rebecca sempre se impõe.
É como se Mrs. de Winter, que não é nomeada ao longo do livro, pegasse a vida de Rebecca de onde ela parou e continuasse. Seja mantendo a casa ordenada da mesma forma, tentando se vestir da mesma forma, sempre se perguntando sobre o que Rebecca faria em tal situação.
Toda a história vai construindo uma angústia. É como se Rebecca não tivesse saído da vida dos personagens. Em certo ponto, como em Jane Eyre, achei que a história teria uma reviravolta sobrenatural, mas não. As respostas chegam ao final.
A linguagem do livro é muito bonita. A autora soube explorar as palavras para construir o thrill da história. É envolvente, quanto mais você lê, mais quer ler. É um livro realmente fantástico, que valeu a leitura.
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