Páginas: 368
Estrelas: ✬✬✬
Publicado originalmente em 2008 com o título de Paper Towns
Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Com o filme, ficou fácil escolher qual seria o próximo livro do John Green que eu leria. Mas tenho de ser sincera, foi o que menos gostei do autor até o momento. Já li A Culpa é das Estrelas e Quem é você, Alasca?, sem contar o conto do autor em Deixe a Neve Cair.
Neste livro, o mistério é Margo. Margo é daquelas garotas que fazem o que querem, sem se importar com o que vão pensar, tem uma vida extremamente misteriosa e, por isso, acaba gerando a curiosidade de todos.
Quentin, que é o protagonista, é seu vizinho e apaixonado, desde que ambos eram crianças. Quando Margo o chama para uma aventura, ele até pensa duas vezes, mas acaba indo junto com ela. Depois disso, ela some, desaparece e, parece que, deixa pistas para que ele possa segui-la.
Com essa história básica, passo à opinião. Na verdade, o que faltou foi a empatia com os personagens. Ao contrário dos outros livros do João Verde, em que eu consegui enxergar adolescentes reais, que poderiam ser meus amigos, neste livro, faltou tempero, faltou veracidade, faltou a construção da empatia do leitor com os personagens.
Quentin não me estimulou, nem a pobre Margo, embora com ela seja mais fácil de simpatizar - quem não curte um mistério? A característica marcante do autor, em construir personagens secundários bons, se mantém nesse livro. Mas até mesmo eles não foram suficientes para me fazer gostar mais do livro.
Além disso, não gostei do final. Aliás, gostei em partes. Gostei da escolha do autor em não fazer um final feliz ou triste, propriamente dito. O final, ao contrários dos personagens, é real. Não sei, acho que estava esperando muito do livro.
Dos livros do autor, este livro ocupa o último lugar no meu rol de preferidos. Mas ainda assim, trata-se de uma leitura divertida de se fazer, gostei de acompanhar o mistério de Margo. Mas eu não furaria a fila com ele, não.
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