Wild Cards #1
Editora: Leya
Páginas: 480
Estrelas: ✬✬✬✬
Publicado em 1987
Em 1946, um vírus alien que reescreve o DNA humano é acidentalmente lançado aos céus de Nova Iorque, matando 90% dos que têm contato com ele. Entretanto, 9% sofrem mutações que os transformam em criaturas deformadas (conhecidos como Coringas) e o 1% restante (conhecidos como Ases) obtém super poderes. Uma parcela dos Ases é chamada de Dois, são os que adquiriram super poderes ridículos ou insignificantes. O vírus transportado pelo ar por fim se espalha sobre todo mundo, infectando dezenas de milhares de pessoas. Fazem parte da série contos e romances-mosaico que compartilham um mesmo universo ficcional. Criada por um grupo de escritores americanos, foi reunida e editada pelo autor best-seller George R.R. Martin.
Confesso que meu interesse nesta série veio do gigantesco nome do George R. R. Martin estampado nas capas. Também, por ser ficção científica e eu estar conhecendo o gênero, mas principalmente foi pelo Martin mesmo.
Nos primeiros capítulos, encontrei um pouco de dificuldade de entrar no livro, porque, como são vários autores, isso ficou bastante evidenciado no início. O primeiro capítulo é extremamente interessante, contando sobre a vinda de um E.T. à Terra para avisar sobre um ataque iminente ao planeta dos seus familiares que pretendem testar um vírus nos humanos.
Esse vírus é uma arma de guerra. Estes extraterrestres o desenvolveram para ganhar super poderes, porém, o vírus somente funciona com algumas pessoas, as outras ou morrem ou sofrem consequências bem pesadas. Como os terráqueos tem um DNA semelhante, eles pretendem vir testar esse vírus aqui, para que possam eliminar este risco.
E aí, a coisa se complica, porque, os capítulos são quase independentes, mesmo mantendo a linha narrativa. Então, a história se interrompe para contar a história de um famoso aviador americano, que posteriormente, será interessante para a história.
Nestes capítulos iniciais, a diferença entre os autores fica bastante evidente, pulando entre personagens e tipos de história, alguns focam mais na ação, outros em desenvolvimento de personagens e a todo momento pode surgir um novo personagem. Inclusive, um dos primeiros personagens que aparece, que começa a demonstrar pro leitor as consequências do vírus, é um dos meus preferidos, porém, ele acaba sendo assassinado por um outro autor em algum capítulo posterior.
Também, há pulos no tempo. Seja antes do vírus, ou muito depois de o vírus estar estabelecido, seja num presente de desenvolvimento do mesmo. O que contribui com a dificuldade na leitura.
Porém, passado esse estágio inicial, a história quase se estabiliza, com personagens que permanecem pelo livro todo e é bem engraçado ver o que os autores fazem com os personagens e acompanhar a construção da história, com a consistência que ela deve ter e acaba tendo, realmente.
Ah, com certeza serão livros difíceis de resenhar, porque muita coisa acontece. Mas a título de registro, depois de posto o vírus, as pessoas que ficaram com a "parte boa" do vírus são chamados de Ases, os que sofrem com as mutações são Coringas e também existem pessoas que morreram ou que sobreviveram ilesas, ou ainda, que só vão demonstrar os sintomas posteriormente - o que aliás foi bem interessante num dos capítulos do livro, a forma como o autor usou este delay na instalação do vírus num dos personagens.
Eu gostei bastante deste primeiro volume, mas tenho dificuldade em prever aonde essa história vai parar em 22 volumes. Toda esta temática do primeiro livro é bem explorada em cima do vírus e suas consequências, estou bem curiosa para ver o que eles vão inventar nos próximos volumes.
Então, é um livro que traz uma certa dificuldade na leitura, mas persista, porque vale a pena.
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