Pular para o conteúdo principal

Resenha | Todo dia - David Levithan


Editora: Record
Páginas: 280
Estrelas: ✬✬✬✬✬
Publicado em 2012.


Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.

Esse livro estava super na moda quando eu descobri o mundo de livros na Internet. Quando pude, eu comprei e deixei esperando para fazer a leitura.

Lembro que o peguei para ler já era tarde da noite e devorei quase todo naquela noite, só terminei no dia posterior.

A história é de uma pessoa, sem gênero definido, que a cada dia acorda num corpo diferente. É uma coisa que acontece desde que "A" consegue se lembrar e ele tenta se virar, a cada corpo ele tenta manter a vida da pessoa no seu normal, para não chamar atenção até que se apaixona pela namorada de um dos seus "corpos hospedeiros".

Eu já ouvi opiniões diferentes a respeito deste livro. Tem gente que diz que o livro é maravilhoso, fantástico, que a ausência de gênero (será que pode se chamar assim?) deveria ser mais explorada na literatura e que isso cria discussões incríveis. Tenho que dizer que concordo mais com essa opinião.

Também já ouvi falar que foi uma tentativa frustrada de discutir gênero, mas creio que isso possa ser facilmente explicado pelo uso dos pronomes na língua portuguesa. Em português, temos que escolher entre chamar o personagem de Ele ou Ela, não existe um pronome neutro. Assim, é claro que ficar lendo com uma tradução que necessariamente traduz para um gênero é frustrante. Até, alguém sabe qual pronome o autor usa no original?

Enfim, eu gostei bastante do livro. É um jovem adulto interessante e diferente, ao mesmo tempo que usa de clichês também. Rola até um mistério na metade do livro. Então, eu recomendaria a leitura.

Ouvi rumores a respeito de uma continuação deste livro. Acredito que tenha história para escrevê-lo, tem alguns pontos que seria interessante serem melhor explorados, principalmente com a introdução de um certo personagem do meio pro fim do livro. Vou aguardar!


E você? Já leu? Deixe sua opinião nos comentários! Como vocês vêem a discussão de gênero nos livros?
Siga o blog!



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha | As Florestas do Silêncio - Emily Rodda

Deltora Quest - Livro 1 Editora : Fundamento Páginas : 104 Estrelas :  ✬ ✬ ✬ ✬ Skoob Publicado originalmente em 2000 com o título de The Forests of Silence O maligno Senhor das Sombras está tramando invadir Deltora e escravizar o seu povo. Há somente uma coisa que o impede: o mágico Cinturão de Deltora com suas sete pedras preciosas de fantástico e misterioso poder. Quando as pedras são roubadas e escondidas em locais sombrios e terríveis em todo o reino, o Senhor das Sombras triunfa e Deltora está perdida. Em segredo, com apenas um mapa desenhado à mão para guia-los, dois estranhos companheiros saem numa perigosa busca. Determinados a encontrar as pedras perdidas e livrar seu país do tirano, eles lutam para atingir sua primeira meta - as sinistras "Florestas do Silêncio".

Resenha | Primeiro ano - Scott Turow

Editora : Record Páginas : 220 Estrelas : ✬✬✬✬ Skoob Publicado em 1977. Ao narrar as angústias, as dificuldades, os desafios e os triunfos que marcaram seu primeiro ano na Faculdade de Direito de Harvard, Scott Turow denuncia problemas surpreendentes no sistema de educação jurídica de uma das mais antigas e conceituadas instituições de ensino dos Estados Unidos. Um relato dramático e um importante depoimento do autor.

Vi na Livraria | A Taberna - Émile Zola

Um livro depravado do século XIX.