Editora: Leya
Páginas: 392
Estrelas: ✬✬✬
Publicado em 2013.
O mundo vem passando por uma série de transformações. Potências hegemônicas como os Estados Unidos têm de lidar com cada vez mais limitações em sua atuação, e as grandes companhias agora enfrentam a crescente ameaça dos pequenos empreendimentos. O poder, na política ou nos negócios, está se tornando mais fragmentado. Ao longo de 'O fim do poder', o escritor Moisés Naím discute as mudanças pelas quais o mundo vem passando desde meados do século XX e procura explicar por que o poder é hoje tão transitório - e tão difícil de manter e usar -, examinando o papel das novas tecnologias e identificando as forças que estão por trás dessas transformações. Não se trata do fim das grandes corporações ou do conceito de 'potência hegemônica', mas sim de um fenômeno mais complexo, no qual todos nós estamos envolvidos, e que está instaurando um paradigma inédito na história da humanidade.
Conheci este livro através do projeto do Mark Zuckerberg, criador do Facebook, A Year of Books. Este foi o primeiro escolhido para leitura e eu acompanhei.
Trata-se de um livro de não-ficção que explora as facetas do poder. Apesar do título, o autor não prevê o fim do poder, ele fala sobre a fragmentação que o poder vem experimentando com a globalização.
Ele fala que, com a globalização e a Internet, os que antigamente seriam considerados poderosos, ainda o são, porém, o que conseguem através desse poder é limitado, é menos do que conseguiriam algum tempo atrás.
Ao longo do livro, ele vai explorando essa temática com política internacional, política interna, grandes empresas, religião, exército ou relações mais pessoais.
Embora o tema seja interessante, não foi uma leitura muito prazerosa. Se torna repetitiva por vezes. Entretanto, é bastante preciso no que escreve. As mudanças que ele notou podem ser notadas por todos nós. Nem precisamos pensar muito para notar exemplos no cotidiano, como a Primavera Árabe e sua organização via internet, que causou uma "tendência" que pegou e não se passa um dia sem que chegue um convite para algum protesto via facebook.
Ele divide três revoluções que estão em movimento. O "mais", com mais vozes para serem ouvidas, onde antes havia menos. A "mobilidade", que ocorre com a expansão de ideias e informações, numa velocidade fantástica, graças a internet. E a "mentalidade" que com a soma das duas anteriores, nos torna pessoas com ideais mais libertadores, com pensamento próprio.
Quanto a esta última, eu tenho minhas dúvidas - me parece que com cada vez mais informação e frenesi por atenção o tempo inteiro, há menos espaço para pensamento próprio, viramos um "copia-cola-compartilha".
O livro é interessante e traz vários tópicos para discussão. Até pelo gabarito do autor, vale a pena ler.
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