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Resenha | Lonely Hearts Club - Elizabeth Eulberg


The Lonely Hearts Club #1
Editora: Intrínseca
Páginas: 238
Estrelas: ✬✬✬
Skoob
Publicado originalmente em 2009 com o título de The Lonely Hearts Club

Penny Lane Bloom cansou de tentar, cansou de ser magoada e decidiu: homens são o inimigo. Exceto, claro, os únicos quatro caras que nunca decepcionam uma garota — John, Paul, George e Ringo. E foi justamente nos Beatles que ela encontrou uma resposta à altura de sua indignação: Penny é fundadora e única afiliada do Lonely Hearts Club — o lugar certo para uma mulher que não precisa de namorados idiotas para ser feliz. Lá, ela sempre estará em primeiro lugar, e eles não são nem um pouco bem-vindos. O clube, é claro, vira o centro das atenções na escola McKinley. Penny, ao que tudo indica, não é a única aluna farta de ver as amigas mudarem completamente (quase sempre, para pior) só para agradar aos namorados, e de constatar que eles, na verdade, não estão nem aí. Agora, todas querem fazer parte do Lonely Hearts Club, e Penny é idolatrada por dezenas de meninas que não querem enxergar um namorado nem a quilômetros de distância. Jamais. Seja quem for. Mas será, realmente, que nenhum carinha vale a pena?


O que me atraiu para a leitura desse livro foi a proposta de relacionar música com os conflitos adolescentes atemporais: relacionamentos e amizades. É claro que a capa super fofa também ajuda no apelo, certo?

O livro conta a história de Penny Lane, nomeada em homenagem a uma música dos Beatles, assim como suas irmãs. Seus pais são fanáticos pela banda, logo, a convivência com as músicas e as letras foi sempre uma constante na vida de Penny.

Penny sempre tem visitas no verão, seu príncipe de infância, Nate. Nate é ou parece ser perfeito, super bonito, carinhoso, realmente um príncipe. Por ser filho de um casal de amigos dos pais de Penny, sempre esteve presente na sua vida e todos diziam que um dia iriam acabar juntos também. E a medida que foram crescendo, se envolveram mesmo. Até o dia em que Penny o encontra numa posição comprometedora com uma outra menina e o romance vai por água abaixo.

Depois disso, Penny renuncia aos garotos e funda o Lonely Hearts Club. Que começou sendo quase um clube anti-garotos, mas passou a ser um tributo à amizade. À medida que as meninas aderiam a ideia, elas se reuniam aos sábados para olhar filmes, falar bobagens e ajudar umas as outras com seus problemas, sejam eles de que natureza forem, como uma prova que precisam passar ou algo mais sério, que demande terapia.

Além da protagonista, temos vários outros personagens. Destaque para Diane, que tinha abandonado as amizades quando começou a namorar e agora, depois que terminou o relacionamento, quer voltar a conviver com as amigas. E Ryan, ex-namorado de Diane e super amigo de Penny, que acaba tendo um papel bem legal ao longo da história.

Eu adorei a relação com a música que o livro traz. É como se os momentos da vida dos personagens tivessem uma trilha sonora, e uma BOA trilha sonora, com Beatles, claro. Eu não sei vocês, mas eu sempre tive o costume de associar músicas com coisas boas. Uma música para uma amizade, ou um momento, ou uma festa.

Também as amizades que se formam no clube são excelentes. Os amigos são a família que podemos escolher e nem sempre se dá o devido valor a isso. No clube é diferente. Ali elas se ajudam e passam o tempo se divertindo. Elas se ajudaram a serem elas mesmas.

Eu gostei bastante do livro, embora ele seja direcionado para um público adolescente. Impossível não curtir a relação das músicas com os conflitos do livro e rolou um final bonitinho! Pesquisando sobre ele, acabei descobrindo que ele é o primeiro de uma série, o segundo livro tem previsão de lançamento para 2015, não tenho ideia do que trata, porém, quem sabe eu continue lendo.

E você? Já leu? Gosta de Beatles? Deixe sua opinião nos comentários!

Comentários

  1. Adorei a ideia e apesar de não ser nenhuma fã dos Beatles, fiquei com vontade de ler pelas histórias de amizade... Adoro esses romances leves.

    Blog Subexplicado

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