Editora: Companhia das Letras
Páginas: 232
Estrelas: ✬✬✬✬✬
Publicado em 1993.
Num típico subúrbio dos Estados Unidos nos anos 1970, cinco irmãs adolescentes se matam em sequência e sem motivo plausível. A tragédia, ocorrida no seio de uma família que, em oposição aos efeitos já perceptíveis da revolução sexual, vive sob severas restrições morais e religiosas, é narrada pela voz coletiva e fascinada de um grupo de garotos da vizinhança. O coro lírico que então se forma ajuda a dar um tom sui generis a esta fábula da inocência perdida.
Primeiro livro que li do autor e amei. É de leitura rápida, até pelo pequeno número de páginas, mas também porque passei o livro inteiro em busca de respostas.
A história-base é o suicídio das 5 irmãs Lisbon, contada através das memórias de um grupo de meninos que moram na mesma rua delas. Eu imaginava que o suicídio seria coletivo e que o livro exploraria o que levou as meninas a cometê-los, entretanto, não é bem isso.
O livro começa com o suicídio da irmã mais nova, Ceci, que é levada às pressas ao hospital e consegue uma sobrevida. Porém, persiste e consegue seu objetivo. Perguntada pelo médico à respeito dos seus motivos, ela diz algo nas linhas de "se vê que você não é uma menina adolescente".
Na verdade, os motivos que a levaram à isto não são claros e fica a cargo do leitor supô-los. Também, não ficou claro para mim se foi o suicídio de Ceci que incentivou os seguintes ou se foram causas diferentes.
Uma das belezas do livro é acompanhar, através dos narradores, o quanto as coisas vão mudando de maneira sutil. Até a casa começa a desenvolver um cheiro estranho, as pessoas da vizinhança vão se afastando, tratando-as como aberrações.
Como os meninos não tem tanto contato assim com as Lisbon, mas são fascinados pela sua beleza e mistério, não há como ter certeza de nada. Eles se reunem numa casa de árvore e observam as coisas se desenrolarem, o quanto os pais as tornam reclusas, as tiram da escola e os meios que elas conseguem para suportar isso e transgredir as ordens dos pais.
Algumas irmãs tem mais destaque do que outras. como a Lux, que demonstra um comportamento mais sexualizado, inclusive se utilizando do telhado como maneira de desafiar a reclusão à qual estão submetidas.
Uma cena perto do final do livro, que não vou contar, mas que quem leu deve imaginar qual seja, foi absolutamente inesperada por mim. Não entendi, mas ao mesmo tempo me fascinou. Continuo pensando em qual foi o objetivo para aquilo.
Enfim, é um livro excelente. Comporta discussões fora do comum. Vale a pena ler. Para mim, não foi possível tirar conclusões sobre tudo o que aconteceu, mas sim, continuar me perguntando sobre. Não assisti ao filme ainda, entretanto, ouvi coisas boas, tá na lista para assistir.
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