Olá, tudo certo por
ai?
Hoje
vamos com o politicamente incorreto ao extremo O Lobo de Wall Street. Segue a
ficha técnica:
Título Original: The Wolf of Wall
Street
Lançamento: 24 de janeiro de 2014
Com: Leonardo
DiCaprio, Aaron Glaser, Cristin Milioti, Ashley Blankenship e mais
Dirigido por: Martin Scorsese
Duração: 180 minutos
Gênero: Biografia, Drama, Policial.
Sinopse: O aclamado cineasta
Martin Scorsese dirige o filme sobre a história verídica do corretor da bolsa
nova-iorquino Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), do sonho americano à ganancia
empresarial. Belfort passa de ações de pouco valor e dos ideais de justiça para
as OPV e uma vida de corrupção, no final dos anos 80. O sucesso excessivo e a
sua gigantesca fortuna aos vinte e poucos anos, enquanto fundador da corretora
Stretton Oakmont, deram a Belfort o titulo de “O Lobo de Wall Street”.
Classificação: 18 Anos – Não recomendado
para menores de 18 anos.
Não
importa o que faça, Martin Scorsese já tem seu nome gravado na historia do
cinema por clássicos como: Os Bons Companheiros e Taxi Driver. Entretanto,
ultimamente o veterano diretor tem demonstrado uma ousadia sem tamanho. Começou
quando resolveu fazer um filme infantil, e desta pequena intenção surgiu um dos
filmes mais fantásticos que eu já tive a oportunidade de assistir, A Invenção de Hugo Cabret. E agora mais
uma vez Scorsese mais uma vez se reinventa ao mostrar uma das histórias mais
amorais dos últimos anos.
A
história de O Lobo de Wall Street acompanha Jordan Belfort, jovem ambicioso que
sonha com a riqueza fácil conquistada na Bolsa de Valores de Wall Street.
Porém, bem no dia em que estreia no função de corretor acontece o famosos Black
Monday, queda brusca das ações que balançou Wall Street. Desempregado, ele
descobre uma mina de ouro na venda de ações que estão fora do pregão, são
empresas pequenas, pé de chinelo, a maioria não tem a menor chance de fazer
sucesso, vendidas por uma ninharia. Mas que pagam a quem as vende uma gorda
comissão. Com uma lábia afiada, não demora para que Jordan se de bem na nova profissão.
Mais ainda, não demora muito para que descubra o melhor jeito de capitalizar a
galinha dos ovos de ouro, fundando com velhos parceiros uma empresa que lhe
traria rios de dinheiro. Mansões, mulheres, iates, mulheres, dinheiro, mulheres.
Falando
assim, até parece que O Lobo de Wall Street repete os velhos cacoetes da narrativa
clássica ao contar a história de um cara com visão, que usando variados meios,
chegou a sua fortuna e depois sucumbiu a decadência. Pequeno engano, O Lobo de Wall Street é muito
mais que isso, Scorsese oferece a nós, espectadores, uma verdadeira ode à
depravação. Sim, exatamente, depravação. Pois é assim que Jordan e sua turminha
do barulho levam a vida, em busca de um prazer absoluto sem pensar duas vezes
em usar drogas ou praticar sexo com quem aparecer pela frente. Só que para
retratar tamanha depravação, era preciso mergulhar de cabeça, ir realmente a
fundo. Sem moralismo muito menos julgamentos, apenas retratar aquele universo
como se fosse o mais trivial possível, de forma que o espectador pudesse crer
que todo o exibido era factível. É aí que Scorsese acerta bravamente.
Como eu
disse na introdução, politicamente incorreto ao extremo, O Lobo de Wall Street oferece
ao espectador um punhado de sequencias impressionante pela ousadia. Se Scorsese
não esconde a nudez frontal de suas personagens, ele também mostra uma orgia
gay sem qualquer problema. Se numa sequencia Belfort e seus associados discutem
o melhor meio de realizar um torneio de arremesso de anões, em outra Belfort e
seu pai discutem as maravilhas da depilação feminina. Tudo isso em um ambiente
onde o culto ao prazer é defendido até a ultima instancia, com a sede na
empresa criada por Belfort (Stratton Oakmont) sendo uma espécie de antro de
devoção ao estilo de vida proposto.
Entretanto
é sempre bom avisar, os mais puritanos podem se chocar com filme. Afinal de
contas, ele mostra de forma escancarada um estilo de vida muito distante do
condizente com os manuais da boa conduta. Mas este é, também, um dos motivos
dele ser bom.
Nesse
filme Scorsese rompe com o cinema certinho que assola boa parte da produção
norte-americana, onde palavrões são contados e os temas sexo e dragas são
tratados com o maior cuidado possível. O Lobo de Wall Street por outro lado, te
dá uma overdose da palavra ‘fuck’ e os temas acima são tratados da maneira mais
natural e obscena possível.
Por
isso tudo e um pouco mais, O Lobo de Wall Street é um tapa na cara, um chute na
porta, uma pérola rara no cinema americano.
E para
finalizar a nota:
✬✬✬✬ 4 Estrelas
E você, o que achou de O Lobo de Wall Street? Não poupe se teclado, deixe um comentário
Caracas! Que ousadia!!!
ResponderExcluirMeu, eu quero assistir a esse filme, porque esse tal de Martin Scorsese parece mesmo quebrar todos os cuidados meticulosos e ridículos do cinema americano. Wool! Bela resenha de filme. Vou buscar assistir.
http://gabryelfellipeealgo.blogspot.com.br/