Editora: Ebury Press
Páginas: 320
Estrelas: ✬✬✬✬
Skoob
Edição brasileira
Publicado originalmente em 2011.
Páginas: 320
Estrelas: ✬✬✬✬
Skoob
Edição brasileira
Publicado originalmente em 2011.
Nesta obra de humor e militância, a jornalista Caitlin Moran rememora suas experiências mais marcantes como mulher, da adolescência à maturidade, e busca abrir um novo caminho para o feminismo ao tratar de temas caros à mulher moderna. A partir de um péssimo aniversário de treze anos, ela fala sobre adolescência, trabalho, machismo, relacionamentos, amor, sexo, peso, maternidade, aborto, moda, compras e modelos de comportamento, sempre com um olhar crítico e muito humor. Nesta mistura de livro de memórias e manifesto feminista, as mulheres podem reconhecer coisas que fizeram, pensaram e disseram.
Fico até com vergonha de dizer, mas até ler esse livro, não me considerava uma feminista. Apesar de acreditar nos "valores feministas" sempre achei o papo meio tenso, não me interessava muito, ia deixando pra lá. Ele fez eu me reconhecer feminista e buscar mais leituras sobre o assunto.
É um livro leve, divertido e me fez pensar muito. É um livro que propõe tirar o feminismo da academia e trazer para o dia-a-dia. Até porque, creio, que no estágio em que estamos, direitos iguais seja uma bandeira levantada por todos. Ou será que existe alguém ainda que gostaria de ser discriminado? Rotulado? Ganhar menos pelo mesmo trabalho? Quero crer que todos queiramos direitos iguais, seja entre homens e mulheres ou no que se trata de minorias, somos todos humanos, devemos ser todos iguais, seja o sexo, cor, raça, sexualidade, religião ou partido político, enfim...
Aqui ela fala, através de suas próprias memórias de temas "menores", porém tão importantes temas de reflexão que se agigantaram com a leitura. A autora trata desde paixonites de infância, menstruação, aborto, depilações "à brasileira", pornografia, até vocabulário.
Então, ela vai contando a sua vida e as primeiras vezes em que percebeu que ser mulher era diferente de ser homem. De como o papel da mulher passou de mamãe, dona de casa a pornô superstar. Mulheres não são incubadoras de bebês, mas também não são dominatrix(es?) sexualizadas. Ela fala de ser gorda, das "solteironas" e fala também sobre as acusações de que feministas são mulheres mal comidas, que não depilam as axilas e detestam homens. A questão não é essa, a questão que o feminismo propõe é que, mesmo reunindo essas características num único ser feminino, não importa, todos deveríamos ter a liberdade de ser quem somos, independentemente de rótulos.
Um tema que foi um grande 'abridor' de olhos para mim, foi quando a autora trata da pornografia - abre uma pausa para diferenciar pornografia de indústria pornográfica, enquanto a pornografia é a sexualização crua dos comportamentos, a indústria pornográfica investe em criar desejo, erotismo, sensualizar as relações. Acho que esse, talvez, seja um problema que atinge as mulheres mais diretamente. Com a Internet, a exposição de fotos íntimas para o público, a sexualização da mulher (preciso falar dos comerciais de cerveja?). A autora discute até o vocabulário utilizado, porque tetas é no pornô, o que nós ostentamos são seios, o que um médico examina são seios.
Fiquei tão envolvida com a leitura, anotei várias sugestões de leitura ao longo do livro. Agora, sem vergonha, virei feminista de carteirinha. Eu li no inglês, porém, existe a tradução desse livro, com uma capa linda! Vale a leitura, para mulheres ou homens, para quem estiver interessado em se libertar de rótulos.
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AAAHHH!!! Você falou sobre esse livro no comentário lá do blog, dei uma pesquisada e já fiquei interessada nele e agora que li a resenha fiquei muito mais. Pela resenha, o livro parece ser muito bom, principalmente pela escritora falar sobre praticamente tudo que dizem por aí e sobre a sexualidade também. Já entrou para lista de leituras de 2015, ansiosa pra ler <3
ResponderExcluirheythay.blogspot.com
Sim! Foi esse livro que te falei mesmo, mudou minha perspectiva. Acho que, dado seu texto, vc vai gostar do livro tb! :D
ExcluirBeijos!