"É manhã de segunda-feira e quando entro no prédio principal posso sentir o estômago dar um nó. Pelos próximos cinco dias vou achar que sou um pouco menos inteligente que qualquer outro à minha volta. Na maior parte do tempo estarei imaginando que o privilégio que desfruto me foi conferido como uma espécie de embuste peculiar. Terei a certeza de que, não importa o que faça, não farei bastante bem, e, quando fracassar, sei que vou morrer de vergonha."
"Ah, eu gosto...como gosto! Ainda assim, é um carrossel de emoções. Muitas vezes experimento a sensação de que estou subindo pelo ar, inebriado com o poder de ampliar meus conhecimentos, estabelecer relações, absorver coisas. E de repente estou próximo do pavor."
"Pensar como um advogado envolvia estar sempre desconfiado. Devia-se reavaliar declarações, inferir de silêncios, procurar por falhas e ambiguidades. Fazia-se tudo menos aceitar uma declaração pelo que dizia."
"As coisas ainda permanecem em minha cabeça durante todo o tempo, embora às vezes eu especule se essa absorção não é um pouco perigosa ou louca. Outro dia pedi um hambúrguer e por um momento especulei a sério se não fora formado um contrato e se haveria indenização caso eu recusasse agora. O restaurante teria direito ao valor razoável do hambúrguer ou ao lucro total?"
"Fiquei imóvel por um segundo. E repeti o que acabara de pensar: não havia respostas. Era esse o ponto que Zechman - e alguns outros professores, não com tanta insistência - tentava nos incutir há semanas. As leis são expressas. Mas a controvérsia teórica nunca é definida."
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